O Ministério da Saúde recomenda que gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias pós parto) e lactantes, ou seja, que amamentam, usem máscara e camisinha em todos os tipos de relação sexual para prevenir a varíola dos macacos, também chamada de monkeypox. As orientações constam em nota técnica publicada nesta segunda-feira., que é o Dia Mundial do Aleitamento Materno.
“Considerando o rápido aumento do número de casos de MPX no Brasil e no mundo, associado à transmissão por contato direto e, eventualmente, por via aérea, recomenda-se que as gestantes, puérperas e lactantes: Mantenham uso de máscaras, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente contaminados com o vírus; Usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal) uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente”, diz a nota técnica.
O ministério ressalva que faltam dados sobre varíola dos macacos em grávidas, mas aponta o risco de aborto (que ocorre até a 22ª semana de gestação ou com feto de até 500g) ou de óbito fetal (da 23ª semana antes do parto). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há chances de contágio materno-fetal, a partir da passagem placentária.
Na população geral, a pasta alerta que a transmissão pode ocorrer de animais para humanos ou entre pessoas. Nesse último caso, o contágio se dá pelo contato direto, sobretudo com pessoas que apresentam lesões. Outra possibilidade está na transmissão respiratória por meio de gotículas ou de aerosóis.
De acordo com a pasta, há duas cepas do vírus monkeypox. Enquanto a variante da Bacia do Congo tem taxa de letalidade de 1% a 10%, a da África Ocidental varia de 1,4% a 3%. O período de incubação viral dura de 5 a 21 dias, mas, geralmente, vai de 6 a 13 dias.
Entre os principais sintomas, estão febre, sudorese (suor), dor no corpo e de cabeça e fadiga. Logo depois, começam a erupção cutânea, comumente no rosto e nas extremidades, como mãos. O quadro evolui para pápulas, vesículas, pústulas e, posteriormente, crostas.