O deputado federal Luis Carlos Motta (PL), representante da cidade de Tupã, chamou a atenção por não submeter o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na terça-feira (10), em Brasília.
O pedido foi apoiado por 152 deputados, sendo a maioria dos parlamentares filiados ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, destacando o posicionamento de Motta em contraste.
A iniciativa, que acusa Moraes de abuso de poder, cerceamento da liberdade de expressão e suposto crime de responsabilidade, conta com a assinatura de 75 parlamentares do PL e outros 77 de partidos que integram a base do governo Lula ou fazem oposição.
O documento foi articulado pelos senadores da oposição, mas eles optaram por não votar, temendo suspeita caso o processo vá a julgamento no plenário do Senado.
Entre as justificativas do pedido, os deputados alegaram que Moraes forjou tentativas em investigações contra opositores do governo, o que, segundo o pedido, configuraria abuso de autoridade. Além do impeachment, os parlamentares solicitam uma operação de busca e apreensão contra o ministro e a quebra do sigilo de seu telefone celular.
Embora o pedido tenha sido formalizado na Câmara, sua tramitação depende da avaliação do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Nos bastidores, Pacheco já sinalizou que não deve dar prosseguimento ao impeachment, enfraquecendo as chances de que uma iniciativa avance para uma fase de análise no plenário.