O Ministério da Fazenda finalizou a proposta para o reajuste do salário mínimo no país. O piso salarial deve subir dos atuais R$1.302 para R$ 1.320, ou seja, apenas R$18. A proposta aguarda chancela do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Sendo aprovada, o novo valor deve ser anunciado no dia 1° de maio, Dia do Trabalho. Na mesma ocasião, deve ser divulgada a nova faixa de isenção do Imposto de Renda, que passará de R$ 1.903,98 para R$ 2.640,00 (equivalente a dois salários mínimos, considerando o novo piso).
Em dezembro, após a aprovação da PEC da Transição para flexibilizar o teto de gastos, o governo eleito conseguiu incluir no Orçamento R$ 6,8 bilhões para levar o salário mínimo a R$ 1.320, a partir de janeiro. No entanto, após constatar uma aceleração na liberação de benefícios do INSS em 2022, o novo governo afirmou que essa verba havia sido consumida.
Usando o argumento de que os recursos para essa finalidade se esgotaram, Haddad disse em janeiro que o piso em vigor desde o início do ano já representa um ganho de 1,4% acima da inflação do ano passado. Ele argumentou que, com isso, Lula já cumpriu sua promessa de dar ganho real neste ano, ressaltando que o compromisso também será cumprido nos próximos três anos.
Dias depois, o ministro afirmou que um eventual aumento adicional dependeria da vazão na fila do INSS e de negociação com centrais sindicais.