Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), confirmou que os caminhoneiros devem realizar uma paralisação no próximo dia 1º de novembro. O motivo segundo ele, é que o governo federal não atendeu os pedidos do setor e atualmente o sentimento é de traição.
“70% da categoria acreditou nas propostas do governo e se considera traída por (pelo presidente Bolsonaro) não ter cumprido”, disse Carlos em uma entrevista ao portal Poder 360.
O diretor ressaltou que a paralisação da categoria não é por motivos políticos e sim econômicos. Os profissionais pedem a “defesa da constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete”, a volta da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS e a diminuição do preço do diesel.
“Nós estamos a favor da categoria. É que às vezes se confundem que estar a favor da categoria é estar contra governo. Mas a necessidade e a urgência daquilo que estamos pedindo vai ser maior que esses movimentos que alguns em sua minoria vão tentar fazer”, disse ele.
Ele se mostra frustrado com a tratativa econômica do governo em relação aos caminheiros. Ele afirma que nenhuma das promessas vindas do presidente Jair Bolsonaro foram cumpridas. “Já se passaram 3 anos de mandato desse governo e nada foi feito, a não ser tentar retirar o que já foi conquistado”, ressaltou.
“Há pautas que tem a ver com o governo federal, como o preço [do combustível] e a política que está sendo adotada pela Petrobras. A política de preços interfere não só para nós caminhoneiros, interfere para a sociedade brasileira. Todo o povo brasileiro está pagando uma conta de uma política equivocada. Porque o preço de paridade internacional, levando o barril no preço internacional, não diz com a realidade daquilo para que foi criada a Petrobras por Getúlio Vargas, ou seja, ter uma função social. Governos passam, mas a Petrobras deve permanecer. É um crime acabar com a maior empresa pública que nós brasileiros temos”, declarou Carlos ao UOL.