A Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) se manifestou após críticas do governador Romeu Zema e várias outras autoridades às “saidinhas temporárias”. Zema questionou a medida, pelas redes sociais, após um policial militar ser baleado na cabeça durante uma perseguição no bairro Novo Aarão Reis. Um dos suspeitos tinha recebido o benefício e não retornou ao sistema prisional.
A Amagis defende a lei que estabelece o benefício. Segundo a nota, o crime foi uma “descomunal agressão de um preso em saída temporária” e um reflexo da sociedade brasileira, “cada vez mais violenta, armada e intolerante”. As críticas à legislação que autoriza as “saidinhas” foram consideradas dissociadas da realidade, pela entidade, já que o suspeito beneficiado tinha direito de sair para trabalhar todos os dias desde novembro de 2023 e não apresentava faltas graves, até então. Foi explicado também que o Juiz de Execução Penal acompanhava o caso para que as medidas fossem cumpridas, objetivando a reintegração social do preso.
Ao final da nota, a Associação dos Magistrados Mineiros descreve como lamentável a relação feita pelo caso do policial, descrita como “tragédia experimentada pelo corajoso Sargento”, aos benefícios previstos pela legislação.
O responsável por atirar duas vezes na cabeça do sargento Roger Dias, durante uma perseguição policial no bairro Aarão Reis, na zona norte de Belo Horizonte, é um homem de 25 anos que não teria retornado à prisão depois da saída temporária de fim de ano.
Conforme a major Layla Brunella, o atirador tem 18 passagens pela polícia, é oriundo do sistema penal e deveria voltar para a cadeia em dezembro. Mas não cumpriu as regras. “Ele tem passagens, das mais diversas, por roubo, falsidade ideológica, receptação, tráfico de drogas e ameaças”, disse a policial.
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