O presidente Lula sancionou um projeto de lei que proíbe o uso de linguagem neutra na administração pública de todo o país.
Trecho da lei veda o uso de “novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da língua portuguesa”. O texto, que institui a Política Nacional de Linguagem Simples, foi publicado no DOU (Diário Oficial da União) de ontem (17).
A lei é assinada por Lula e pelos ministros Esther Dweck (Gestão e Inovação), Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).
“Não usar novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da língua portuguesa, em contrariedade às regras gramaticais consolidadas, ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) e ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, promulgado pelo Decreto nº 6.583, de 29 de setembro de 2008.”
Trecho da Política Nacional de Linguagem Simples
O projeto foi aprovado no Congresso em março deste ano. Ele é de autoria da deputada federal Érika Kokay (PT-DF).
A lei atinge não apenas os órgãos da administração pública direta e indireta da União, mas também “todos os Poderes dos estados, do Distrito Federal e dos municípios”.
Eles fazem parte da chamada “linguagem neutra”, usada geralmente por parte da comunidade LGBTQIA+ que não se identifica com os gêneros masculino ou feminino. Isso é feito, em geral, trocando os marcadores de flexão de gênero nas palavras por “e” ou “u”. Apesar de vista por determinados grupos sociais como mais inclusiva, a linguagem neutra não está prevista na norma oficial da língua portuguesa.
A lei estabelece que a população possa “encontrar, entender e usar as informações publicadas pelos órgãos e entidades da administração pública”. Outros pilares do texto são: