Durante um discurso na Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), o presidente eleito, Lula (PT), fez comentários sobre o agronegócio brasileiro. O petista tenta aproximar-se do setor, que apoiou à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Não me preocupo quando dizem que o agro não gosta do Lula”, disse. “Não quero que gostem, mas que me respeitem.”
Na COP27, Lula destacou a “reestruturação do Brasil no combate ao desmatamento”, durante seu terceiro mandato e disse que quer “preservar” o meio ambiente, alegando que isso não confronta o desenvolvimento do agronegócio.
Na quarta-feira 16, o presidente eleito ainda defendeu uma produção agrícola mais “sustentável”. “Estou certo de que o agronegócio brasileiro será um aliado estratégico do nosso governo na busca por uma agricultura regenerativa e sustentável”, explicou.
Nas últimas semanas, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou oito integrantes que vão fazer parte do núcleo de transição do agronegócio. Trata-se de três-ex-ministros da Agricultura. São eles, Kátia Abreu e Neri Geller (governo Dilma Rousseff) e Luiz Carlos Guedes (primeiro governo Lula).
Durante sua campanha eleitoral, o petista criticou duramente o setor. Em entrevista ao Jornal Nacional, Lula chamou o agronegócio brasileiro de “fascista e direitista”, que era favorável ao desmatamento e que “acha bom ter arma em casa”.