O juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de Tupã, José Augusto França Júnior, marcou para o próximo dia 15 de setembro, uma segunda-feira, a partir das 9 horas da manhã, a realização da sessão do júri para o julgamento do réu Marcelo Nistarda da Silva Antoniassi, hoje com 50 anos, acusado da morte, de forma cruel, de sua esposa Milena Dantas Bereta Nistarda, na época com 51 anos.

O crime foi registrado no dia 26 de fevereiro do ano passado. Assim, o autor será levado a júri popular quase um ano e meio depois do assassinato que chocou a cidade, pela forma como foi praticado. Os possíveis integrantes do corpo de jurados já foram convocados para participarem do sorteio que definirá aqueles que dirão se o réu é culpado ou inocente.

O assassinato brutal de uma mulher nos altos da Vila Abarca, na Rua Carmine Cortelini, na tarde de uma segunda-feira, dia 26 de fevereiro de 2024, deixou a cidade chocada. A dona de casa Milena Dantas Bereta Nistarda foi morta a facadas e teve o coração e vísceras retirados do corpo.

O réu confesso do crime foi o marido da vítima, o gerente comercial Marcelo Nistarda Antoniassi, de 49 anos, que conviveu com a mulher por 29 anos. Ele foi preso em flagrante ainda no local do assassinato, registrado horas depois de a vítima ter feito um boletim de ocorrência e o pedido de medida protetiva, mas que não foi formalizado.

O que foi apurado é que Milena foi morta a facadas na casa onde morava com o criminoso. Ela havia trancado o imóvel horas antes de registrar um boletim de ocorrência contra o marido por violência psicológica e doméstica e feito pedido de medida protetiva na manhã daquela fatídica segunda-feira (26), solicitação que não chegou a ser formalizada.

Segundo o que ficou apurado pela polícia, Marcelo invadiu o imóvel após derrubar o portão com o carro e arrombar as portas. No local, ele desferiu diversos golpes de faca contra a vítima e, por fim, abriu o abdômen dela e extraiu as vísceras e o coração.

Marcelo foi localizado na residência do casal por volta das 13h30 min. Os policiais militares foram até o local para averiguar a denúncia de violência doméstica e o suspeito permitiu a entrada deles na casa, mas houve certa resistência para algemá-lo e os policiais precisaram fazer uso de força moderada.

Ele foi preso no quintal da casa e os policiais encontraram o corpo de Milena no chão de um dos quartos.

O crime foi registrado como violência psicológica, violência doméstica e feminicídio com as qualificadoras de motivo fútil, à traição ou emboscada, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

Marcelo foi preso em flagrante e teria tentado o suicídio na prisão, sendo impedido de realizar o ato. Agora, deverá ser submetido a júri popular.