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Sem nova compra de CoronaVac, vacinação de crianças de 3 e 4 anos ainda não ocorre em todo o Brasil

Sábado, 23 de Jul. de 2022
Fonte: G1

Apesar de ter sido aprovada há 9 dias, a vacinação de crianças de 3 e 4 anos com a CoronaVac ainda não começou em todos os locais do Brasil.

No dia 13, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a aplicação da vacina em crianças de 3 a 5 anos. Antes disso, as crianças de 5 anos só podiam receber a vacina da Pfizer; as de 3 e 4 não podiam ser imunizadas.

Segundo levantamento, a vacinação das crianças nessas idades começou em todas as capitais  exceto Cuiabá, Maceió e Teresina. Mas mesmo na capital paulista, que já começou a vacinar, o público está restrito a crianças com comorbidades, deficiência ou indígenas.

No estado de AlagoasAlagoas, nenhum município começou a vacinação; até a terça-feira (19), Mato Grosso aguardava novas doses para iniciar a vacinação. No Piauí, apenas alguns municípios já vacinam, como Água Branca e Parnaíba 

 

Produção interrompida

 

Fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo estadual de São Paulo, a CoronaVac dada às crianças tem a mesma dosagem dos adultos e é aplicada em duas doses. No dia 1º de julho, entretanto, o instituto anunciou que, "na ausência de novos pedidos de compra pelo Ministério da Saúde, a produção da vacina foi interrompida temporariamente".

Nesta semana, o governo paulista afirmou que vai importar 8 mil litros de insumo farmacêutico ativo (IFA) para fabricar as doses necessárias para vacinar as crianças de 3 e 4 anos. A previsão é de que as doses fiquem prontas já em agosto.

"Tomamos essa decisão hoje, antes mesmo da inclusão no PNI (Programa Nacional de Imunizações), para que a gente tenha vacina suficiente para vacinar as crianças de São Paulo e colocá-las à disposição do Ministério da Saúde para vacinar as crianças do Brasil", disse o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB).

Em nota enviada nesta sexta-feira (22), o Butantan disse aguardar "a decisão do Ministério da Saúde para incorporar a CoronaVac ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) para que possa, assim, ser distribuída em todos os estados e municípios".

A reportagem questionou o Ministério da Saúde sobre a compra, distribuição e aplicação da CoronaVac nas crianças, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

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