O DHS conseguiu uma parceria com a médica perita em reprodução assistida, Dra. Renata Vargas, profissional da área ginecológica e obstétrica que atua na investigação da fertilidade do casal. Graças a essa parceria, a profissional passa a oferecer este tipo de serviço de alta e média complexidade às mulheres assistidas pelo Centro de Especialidades de Pompeia que apresentem em seu histórico problemas para engravidar.
“A doutora veio na hora certa, afinal, estamos em março, mês da mulher, e junto com ele, mais este presente para o Município, um acompanhamento que muitas vezes resulta em tratamentos caros que existem para ajuda as mulheres a engravidarem. E a doutora sabe o quão difícil é para a mulher procurar por este tipo de tratamento em uma clínica particular, até pela questão dos custos. Foi uma iniciativa da doutora Renata Vargas que resolveu dar este presente às mulheres de Pompeia”, enfatizou a coordenadora do Programa Saúde da Família, Gislaine Souza.
Especialista em fertilização in vitro, inseminação artificial, microcirurgia de trompas, coito programado, entre outros, a médica parceira deve atender dezenas de casais encaminhados pelas Unidades de Saúde durante os próximos meses.
Esse vai ser o caminho percorrido por Maria Angélica, funcionária pública pompeiana. Aos 42 anos, depois de algumas consultas em clínicas especializadas na saúde da mulher, ela descobriu na manhã deste último sábado (26) que poderia iniciar o tratamento de fertilidade no Serviço Municipal de Saúde e dar continuidade pelo SUS. “Eu procurei por um médico particular para fazer o tratamento, mas não tinha condições de arcar com os custos. Por ser muito difícil para o meu atual momento, procurei pelo SUS no Município e vim aqui conhecer de perto para ver o que pode ser resolvido. Eu tenho um mioma no útero que impede a fertilização, por isso não consigo engravidar, além de outros problemas. Faz mais ou menos dois anos que venho com a ideia na cabeça, pois antes disso, eu nunca tinha me preocupado. Já ouvi falar muito sobre a doutora e estou animada. Agora, com essa ajuda, sei que vai dar tudo certo. Ouço falar muito bem da equipe e por isso, tenho muita fé que desta vez vai dar tudo certo”, comemorou.
De acordo com o superintendente do DHS, Adalberto Bento, atualmente, dezenas de mulheres estão com agendamento de consultas ligadas à infertilidade e reprodução humana. “Para participar, é preciso que o casal utilize o serviço municipal de saúde, que apresente algum tipo de dificuldade para engravidar e que tenha na reprodução assistida a única possibilidade de gestação”, explicou o superintendente do DHS, Adalberto Bento.
Vale destacar que um tratamento de fertilização in vitro, por exemplo, em uma clínica privada do segmento, custa em torno de R$ 20 mil. Com isso, vários planos de saúde não dão cobertura para esses tratamentos, embora algumas pessoas tenham recorrido por esse direito através da Justiça.
Como iniciar o tratamento
Quem deseja fazer este tipo de tratamento deve procurar por sua Unidade de Saúde e marcar uma consulta com o ginecologista do Centro de Especialidades Médicas. Depois da realização dos exames prescritos, este médico vai avaliar a necessidade de um tratamento de reprodução assistida e, posteriormente, encaminhar o caso para a Dra. Renata Vargas por meio do sistema de agendamento de consultas do Município.
Também é importante lembrar que o tratamento pode ser feito por casais heterossexuais, homoafetivos femininos ou mulheres solteiras com histórico de infertilidade.