A Polícia Civil confirmou, na manhã desta quarta-feira (26), a identidade dos sete detentos que morreram após o incêndio ocorrido no setor de inclusão e disciplina da Penitenciária de Marília, no final da tarde desta terça-feira (25).
O incêndio, provocado por um detento durante recusa e resistência à ação dos policiais penais, espalhou fumaça rapidamente e deixou mais sete feridos, incluindo agentes penitenciários que participaram do resgate.
As informações oficiais apontam que a cela atingida abrigava 14 presos. Todos foram retirados pelos policiais penais, que enfrentaram fumaça densa e baixa visibilidade, em uma situação crítica de resgate.
Sete dos internos não resistiram à inalac?a?o de fumaça. Doildo Diego Pires, de 35 anos, e Wallace Ferreira dos Reis, de 22 anos, morreram no Hospital das Clínicas (HC).
No próprio local do incêndio, tiveram as mortes constatadas:
Os demais internos foram socorridos para a Santa Casa de Marília, o HC e as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) norte e sul.
As informações oficiais apontam que cinco policiais penais também foram encaminhados para atendimento médico, devido à exposição intensa à fumaça durante o resgate.
Quatro corpos passaram por necropsia durante a noite e madrugada; outros três são examinados na manhã desta quarta-feira (26).
A Polícia Científica foi acionada para realizar perícia na cela e no corredor da ala disciplinar, onde a fumaça ficou mais concentrada. Os laudos devem ajudar a esclarecer detalhes do incêndio.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) anunciou que uma apuração interna foi aberta para identificar falhas de segurança e avaliar a estrutura da ala onde o incidente aconteceu.
O caso causou grande mobilização na noite de terça-feira, com chegada de ambulâncias, viaturas e equipes de apoio.
Veja abaixo a nota da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) na íntegra:
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) lamenta profundamente o incêndio ocorrido na tarde desta terça-feira (25), no setor de inclusão da Penitenciária de Marília, após um interno atear fogo em seus pertences.
Os policiais penais realizaram o primeiro combate às chamas até a chegada dos Bombeiros e das equipes do SAMU, que prestaram atendimento aos feridos. Ao todo, sete internos vieram a óbito em decorrência da inalação de gases tóxicos produzidos pelo incêndio proposital. Outros sete seguem sob cuidados médicos.
A SAP instaurou procedimento para apurar o caso e está em contato com as famílias das vítimas para prestar todos os esclarecimentos necessários.
Incêndio em penitenciária de Marília deixa sete detentos m0rtos e mobiliza forças de segurança e saúde
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