Uma jovem de 21 anos e a família acusam o pronto-socorro municipal de Bastos de negligência após ela perder o filho no nono mês de gestação. A paciente também alega falta de atenção.
Luana Xavier Justino da Silva conta que no dia de 7 de abril começou a sentir desconfortos e foi ao posto de saúde de Bastos, onde foi encaminhada ao pronto-socorro municipal.
O médico presente avaliou o caso e constatou os batimentos cardíacos do bebê, mas não prescreveu medicamentos para dor, alegando que poderiam atrapalhar o parto.
Na terça-feira (15), Luana retornou ao pronto-socorro relatando sentir fraqueza. A médica presente fez os exames e ainda escutou o coração da criança. A profissional relatou à jovem que não prescreveria nenhum remédio para dor pois poderia atrapalhar o trabalho de parto.
Na quarta-feira (16), a jovem passou por uma consulta pré-natal, onde contou que estava com a pressão alterada. Durante o exame, o médico disse que o coração do bebê não estava mais batendo. Um ultrassom confirmou a morte do feto.
A jovem foi encaminhada até a Santa Casa de Tupã, onde iniciou um procedimento de indução do parto. A equipe médica optou por essa abordagem para evitar os riscos da cesariana, mas o processo demorou e gerou apreensão nos familiares e amigos.
Luana aguardou pelo procedimento por três dias. Na sexta-feira (18), a criança foi sepultada.
Em entrevista, a mãe de Luana, Rosana Xavier Viudes, pede por justiça e por medidas para que situações como a da filha não se repitam. A Secretaria de Saúde de Bastos e o prefeito da cidade, Kléber Lopes, se manifestaram nas redes sociais, alegando que estavam acompanhando o caso e que a conduta médica não foi negligente. O secretário de saúde da cidade, Eder Castro, afirmou que não poderiam intervir na conduta médica, mas que estavam tomando as providências cabíveis.