Dorival Soares dos Reis Neto, de 31 anos, e Amanda Aparecida Oliveira Dias, pais do bebê John Soares dos Reis Oliveira Dias, que morreu aos seis meses de idade, foram pronunciados para o júri popular pela 2ª Vara Criminal de Marília. A decisão, assinada pelo juiz Paulo Gustavo Ferrari, foi publicada nesta sexta-feira (14). O casal ainda pode recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça de São Paulo.
Dorival é acusado de homicídio qualificado e tortura, enquanto Amanda responde por omissão. O crime ocorreu em 1º de março de 2024, no apartamento onde a família morava, no extinto Conjunto Habitacional Paulo Lúcio Nogueira, em Marília . Segundo o Ministério Público, Dorival teria matado o filho por asfixia, de forma cruel, após submeter a criança a intensos sofrimentos físicos. Amanda, por sua vez, é acusada de não ter agido para proteger o bebê dos maus-tratos e da violência que culminaram em sua morte.
O caso ganhou clamor popular quando veio a público no início do ano passado. Em 1º de março de 2024, A Polícia Militar foi acionada após uma denúncia de agressão contra uma criança. No apartamento, os agentes encontraram o bebê desacordado e em estado crítico. Ele foi socorrido, mas morreu no hospital. Dorival foi linchado por populares antes de ser detido e, desde então, está preso. Ele nega ter matado o filho, mas admitiu, em depoimento, ter perdido o controle e agredido a criança na cabeça. O laudo pericial confirmou que a causa da morte foi asfixia, além de identificar marcas de violência anteriores no corpo do bebê.
A defesa de Dorival pediu sua impronúncia, argumentando falta de provas suficientes e questionando depoimentos do processo. Já a defesa de Amanda solicitou o trancamento parcial da ação, alegando que a denúncia não detalhou sua conduta omissiva. O juiz rejeitou os pedidos, considerando que há indícios suficientes de autoria para levar ambos a julgamento.
Dorival permanece preso preventivamente, enquanto Amanda está em liberdade até o julgamento.
Imagem: Alcyr Netto/Marília Noticia