Um professor da rede municipal de ensino foi suspenso por 30 dias por determinação de Corregedoria Geral do Município de Marília, após um processo administrativo que ouviu 10 testemunhas e analisou imagens de câmeras de vigilância. O caso ocorreu em 25 de fevereiro de 2022.
O processo foi aberto no dia 13 de julho de 2022 e só concluído com a publicação do resultado no Diário Oficial do Município de Marília desta quarta-feira (31).
Uma servidora de uma escola municipal de educação infantil (Emei) informa, nos autos, que estava realizando seu trabalho quando presenciou, a poucos metros, o docente estapeando o rosto de um aluno de três anos.
No processo, a testemunha não afirmou se o tapa foi intencional ou estimou a motivação. O caso foi levado à direção da escola que, por meio de imagens das câmeras de segurança, constatou o ocorrido. O vídeo foi então repassado para administração da Secretaria Municipal da Educação, que por sua vez, entregou o caso à Corregedoria.
A testemunha foi a única a ver a agressão presencialmente. Os outros servidores foram ouvidos para que a investigação entendesse a conduta do professor.
O professor cita no processo que a criança havia lhe dado muito trabalho no dia e que, ao colocá-la para comer, ela teria lhe dado um tapa na mão, mas nega que ter reagido com agressão. “Apenas corrigiu o comportamento de uma criança, o que é muito diferente de uma agressão”, cita a defesa.
Diz ainda que foi perseguido pelo diretor da unidade por supostamente não ter aderido aos movimentos contrários à Reforma da Previdência e ainda ter reprovado um ato do gestor na Câmara Municipal de Marília.
Por este motivo, o docente afirma que foi remanejado para uma turma de crianças de três anos, que precisam de mais atenção do que os alunos de quatro e cinco anos, que costumava lidar.
A punição começa contar a partir do dia 5 de fevereiro deste ano.