Uma pessoa que ocupa um cargo de destaque normalmente quando visita a cidade onde nasceu é recebido com honras e passa a ser um "orgulho". Mas, isso não está acontecendo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.
Desde a sua chegada na sexta-feira ele vem sendo hostilizado por diversos grupos e, por isso, está recebendo uma segurança reforçada da Polícia Militar e provavelmente outras instituições, como a Polícia Federal.
Diversas viaturas reforçaram a segurança em torno da igreja Maria Mãe. O motivo mais recebe dessa verdadeira "ira" de parte dos marilienses foi o fato do ministro mariliense ter rejeitado o pedido apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro de investigação do ministro Alexandre de Moraes, também do STF, por suposto abuso de autoridade.
O presidente da República argumentou que o chamado inquérito das fake news, no qual é investigado, não se justifica. Com essas e outras decisões (aliás ele foi indicado pelo ex-presidente Lula ao STF), Dias Toffoli não está conseguindo passar um fim de semana tranquilo em Marília.
Fim de semana em Marília
Logo na chegada, no aeroporto (sexta-feira) diversas pessoas o aguardavam, com críticas e até uma faixa com a frase: "Tofoli a vergonha de Marília". O compromisso oficial do ministro do STF foi uma palestra na UNIMAR para acadêmicos do curso de Direito e convidados. Os jornalistas foram mantidos a distância.
Mas, a maior preocupação do sistema de segurança foi quando Dias Toffoli esteve na paróquia Maria Mãe da Igreja, no final da avenida Santo Antonio, no bairro Pollon, no sábado à noite, onde participou de uma missa que homenageava os 20 anos do falecimento de sua mãe, Sebastiana Seixas Dias Toffoli. Quarteirões próximos foram praticamente fechados pela Polícia Militar, que posiciou viatuas inclusive de de Força Tática, Rocam e Baep em pontos estratégicos. O objetivo era evitar a aproximação de manifestantes, já que a igreja não tem nenhum sistema de proteção quanto a uma eventual invasão.
Toffoli teria dormido num hotel próximo a atual rodoviária, na zona sul, e deve permanecer em Marília até este domingo. Mas a agenda é mantida em sigilo, mais uma vez para evitar novas hostilidades