O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira, 22, a anulação dos votos feitos em todas as urnas eletrônicas de modelos anteriores ao ano de 2020. A legenda alega que especialistas em tecnologia encontraram evidências de mau funcionamento nos sistemas.
Os problemas teriam sido identificados nos registros de cinco dos seis modelos de urna usados nas eleições de 2022. O partido pede a invalidação dos votos no segundo turno, ocorrido em 30 de outubro. O PL elegeu a maior bancada da Câmara, com 99 deputados, no primeiro turno, em 2 de outubro.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, anunciou nesta terça-feira, 22, que entrou com ação no TSE, com base em auditoria feita pelo Instituto Voto Legal (IVL), para "contribuir para o fortalecimento da democracia do nosso país". A decisão foi comunicada à imprensa em Brasília.
O IVL verificou inconsistências nos registros de "todas as 279.336 urnas eletrônicas dos modelos UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015". As urnas anteriores a 2020, segundo a empresa, aparecem no sistema do TSE com o mesmo número de registro, "quando, na verdade, deveriam apresentar um número individualizado".
Ao lado de Valdemar, o engenheiro Carlos Rocha, presidente do IVL, disse que 40,8% das urnas funcionam "da forma esperada". Nas outras, segundo ele, "é impossível associar o registro de cada atividade ao hardware que teria gerado aquela atividade".