Após adiamentos e ajustes, a Escola Cívico-Militar “Índia Vanuíre” deve iniciar suas atividades no próximo dia 28 de julho, tornando-se uma das 100 unidades aprovadas para integrar o programa estadual em São Paulo.
O modelo cívico-militar conta com a participação de policiais militares da reserva, que atuarão como monitores e coordenadores nas escolas. Eles não terão funções pedagógicas, mas serão responsáveis por atividades extraclasse, acolhimento dos alunos e ações de busca ativa. A seleção desses profissionais ainda não foi detalhada pela Secretaria de Educação.
As escolas seguirão o Currículo Paulista, com os professores e a equipe pedagógica mantendo a responsabilidade pelo ensino. A carga horária específica do programa será de duas horas-aula semanais por turma. Também está previsto o uso obrigatório de uniformes militares pelos estudantes e, sempre que possível, limite de 30 alunos por sala.
A escola adotará um sistema de pontos para recompensar boas condutas, como pontualidade, respeito e participação, e punir comportamentos inadequados, como atrasos, desrespeito ou vandalismo. Infrações mais graves podem levar à transferência disciplinar.
O uso correto do uniforme, com brasão e identificação, será exigido diariamente. Também haverá regras rígidas de aparência: meninos não poderão usar barba, moicanos ou cortes com desenhos; meninas devem manter os cabelos presos e em tons discretos. Acessórios são permitidos, mas com discrição.
Serão proibidos namoro nas dependências da escola, roupas inadequadas, brincadeiras agressivas, bullying e cyberbullying. Alunos uniformizados também não poderão se envolver em tumultos ou confusões em público.
A proposta, segundo a Secretaria da Educação, busca reforçar valores como responsabilidade, respeito e civismo. A gestão será compartilhada entre educadores e militares. Cada aluno terá uma ficha de conduta individual, e os pais poderão acompanhar o desempenho e a disciplina dos filhos.