Para que os casos de infecção grave pelo coronavírus continuem baixos, a população precisa manter o esquema vacinal atualizado. Até segunda-feira (3), os dados do Vacinômetro da Secretaria de Estado da Saúde apontavam que apenas nove crianças de 6 meses a 2 anos receberam a primeira dose contra a covid-19.
Dos jovens entre 12 e 17 anos que tomaram as duas doses, apenas 31% (1.435 adolescentes) retornou à unidade de saúde para a terceira dose. No entanto, conforme a Diretora de Departamento de Vigilância em Saúde, Joselaine Pio Rocha, os índices mais baixos de participação estão entre as crianças.
“Apenas um bebê de 6 meses a 11 anos concluiu o esquema primário, e quase 3.300 crianças de 3 a 11 anos receberam duas doses, pouco mais de 50% do público esperado. Para ampliar a cobertura imunológica, o município tem realizado busca ativa do público infantil, por meio dos agentes comunitários de saúde, chegando a disponibilizar a vacinação domiciliar”, explicou.
A estratégia de aplicação das doses pediátricas (até 11 anos) assegura inclusive a prevenção contra o desperdício de imunizantes. Para que os frascos sejam utilizados por completo, os pais ou responsáveis devem manifestar interesse pela vacina na UBS dr. Walter Pimentel (Avenida Tapuias, 530), de segunda-feira a sexta, das 7h às 16h30. A convocação para aplicação é feita após o cadastro de ao menos 10 crianças.
O secretário de Saúde, dr. Miguel Ângelo de Marchi, ressalta não haver contraindicação para o público infantil. “Crianças com doenças crônicas ou com qualquer problema de saúde, podem e devem tomar a vacina. A principal orientação para todos os públicos é evitar se vacinar enquanto apresentar quadro febril ou demais síndromes gripais”.
Em relação à população adulta, a participação na Campanha Nacional também tem se mostrado aquém do ideal. Pois, das 38.062 pessoas que receberam três doses, apenas 15.150 tomaram a quarta dose, menos de 40%.
No início de dezembro, a Secretaria de Saúde anunciou a liberação das doses de reforço para os maiores de 18 anos. A fim de atualizar o sistema de defesa do organismo dos cidadãos diante das variantes do vírus.
Estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que as pessoas imunizadas com dois reforços têm resposta imune 80% mais eficaz contra a contaminação sintomática, e especialmente no desenvolvimento de formas graves da doença e do risco de morte pelo vírus.
Esquema primário
Reforço vacinal