Os secretários estaduais Jean Gorinchteyn, da Saúde, e David Uip, de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, anunciaram nesta quinta-feira (4) as medidas de combate à varíola dos macacos no estado de São Paulo, que já soma 1.298 infectados.
O plano de enfrentamento da doença terá 93 hospitais de retaguarda, uma rede credenciada de laboratórios para testagem e vigilância genômica e serviço de orientação 24 horas para profissionais de saúde. Além disso, foram definidos protocolos de diagnóstico e assistência (veja detalhes abaixo).
Os secretários também anunciaram a criação de um 'Centro de Controle e Integração', que irá assessorar as ações do governo no combate à varíola dos macacos, projetar os cenários epidemiológicos, propor medidas e identificar oportunidades para o desenvolvimento de vacinas e tratamentos.
Além de Gorinchteyn e Uip, fazem parte do Centro, por exemplo, Dimas Covas, Esper Kallas, João Gabbardo e Regiane de Paula. O grupo é formado por 24 profissionais de diversas áreas, entre cientistas, epidemiologistas, virologistas, infectologistas e professores universitários.
Protocolo para grávidas e lactantes
A grávida que for diagnosticada com varíola dos macacos será acompanhada e indicada para o parto em uma unidade de saúde de alto risco. A indicação para o parto passa a ser de cesárea, mas, caso não hajam lesões na região perianal, poderá ser avaliada a possibilidade de parto normal.
Já as mulheres que amamentam e forem infectadas receberão a orientação de ficar 14 dias sem amamentar. O secretário de Saúde reforçou que estas são as orientações para este momento, mas que podem mudar de acordo com as atualizações sobre a evolução da doença em gestantes e lactantes. Segundo Gorinchteyn, ainda não se sabe, por exemplo, se a doença pode ser transmitida através do leite materno.