Um jovem identificado como Thiago Oliveira Silva, de 22 anos, foi preso depois de invadir uma escola e esfaquear duas professoras em Ipaussu.
O caso aconteceu às 20h20, na Escola Estadual Professor Júlio Mastrodomênico. Quando a Polícia Militar chegou, Silva fazia um professor de 27 anos refém, com um golpe de “gravata”. O acusado ameaçava a vítima com um canivete no pescoço.
Os militares deram início à negociação e, após alguns minutos de diálogo, conseguiram com que o autor soltasse o canivete e liberasse o refém. O acusado foi abordado.
O professor afirmou para a equipe policial que também tinha sido ameaçado com uma arma de fogo falsa. A vítima teria tentado dominar o rapaz, mas teve o objeto quebrado na cabeça pelo autor.
O entrevero teria se dado depois de o acusado agredir com golpes de faca duas professoras, de 26 e 42 anos. Uma delas foi atingida no braço direito, ombro direito e se queixava de dores no joelho direito, enquanto a outra possuía ferimentos na escápula esquerda, braço esquerdo, abdômen e lateral da coxa esquerda.
Ambas foram socorridas à Santa Casa de Ipaussu, uma das professora permaneceu sob cuidados médicos. A outra precisou ser transferida para a Santa Casa de Ourinhos (distante 95 quilômetros de Marília), para avaliação cirúrgica.
A PM constatou que Silva entrou na escola depois de pular o muro da lateral do prédio. A princípio o autor procurava pela diretora da unidade escolar, que não estava no local.
A diretora de 44 anos compareceu à instituição e confirmou aos militares que, há dez anos em uma outra escola, ela já havia tido problemas com o autor, o qual – na época – teria traçado um plano e ameaçado funcionários. Em todas as ocasiões foram tomadas as medidas cabíveis, inclusive com a elaboração de ocorrência de ato infracional.
Questionado, o acusado confirmou que a motivação do crime teria sido o fato acontecido há dez anos. A intenção seria matar a diretora.
A polícia apreendeu duas facas e a arma falsa, além do celular do autor. Imagens do circuito de monitoramento do prédio registraram toda a ação.
Silva foi preso e encaminhado até a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Ourinhos, onde vai responder por ameaça e tentativa de homicídio. Ele permaneceu à disposição da Justiça.
OUTRO LADO
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informa que lamenta o ocorrido e repudia toda forma de violência dentro ou fora da escola. As servidoras atingidas foram imediatamente socorridas pela equipe da unidade escolar e encaminhadas para hospitais da região pelo Samu.
A pasta esclarece que não havia estudantes no local no momento do ocorrido. O ex-aluno foi detido pela polícia.
A Diretoria de Ensino de Ourinhos e a escola colaboram com as investigações. As aulas do período matutino desta quinta-feira (15) foram suspensas. A equipe central do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP) presta apoio às servidoras e a comunidade escolar.