A vítima de homicídio registrado nesta sexta-feira (22) no apartamento número 11 do bloco um do bairro CDHU, zona Sul de Marília, foi identificada como o soldador Hélcio Carvalho Bertoleti, de 56 anos. O sepultamento acontece no Cemitério da Saudade, às 13h30, neste sábado (23).
Ainda na tarde de sexta-feira foram presos em flagrante, com agravante pela impossibilidade de defesa da vítima, a filha de Hélcio, Suellen da Silva Bertoleti, de 24 anos, e o companheiro dela, o ajudante de pintor César Augusto da Silva, de 27 anos.
Durante o atendimento da ocorrência, testemunhas informaram aos policiais que César estava em um bar bebendo. Com informações sobre sua descrição física, os militares localizaram o ajudante de pintor nas proximidades.
O homem apresentava manchas de sangue na calça, mas a princípio disse que não sabia nada sobre a morte de Hélcio. Mais tarde, porém, ele mudou a versão. Em depoimento no plantão policial, o acusado disse que Suellen teria matado o próprio pai.
A investigação teve acesso a áudios em que Suellen ofende o genitor e o ameaça de morte. A jovem acabou sendo localizada na casa da mãe, onde disse que estava no momento em que Hélcio teria sido assassinado. Ela também afirmou desconhecer o que tinha acontecido com o pai.
Suellen apresentava sinais de agressão, verificados em exame de corpo de delito por médica legista, e alegou ter apanhado do companheiro durante a madrugada.
A delegada de plantão, que atendeu a ocorrência, indiciou a dupla por homicídio qualificado. Suellen foi encaminhada ao Centro de Detenção Provisória de Avaí e César ao de Álvaro de Carvalho. Eles passariam por audiência de custódia. Material genético foi coletado para verificação de DNA.
O corpo de Hélcio foi encontrado dentro da unidade habitacional em que ele morava por volta das 13h. Vizinhos chamaram a Polícia Militar, que acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para atestar o óbito.
O apartamento foi encontrado aberto e a vítima, que estava na cama, apresentava sinais de violência com marcas de sangue e hematomas na região da cabeça, o que motivou a presença da Polícia Civil e da Científica, para perícia no local.
A investigação descobriu, através de vizinhos, que houve uma briga entre os acusados Suellen e César, no apartamento, durante a madrugada do crime, mas ao amanhecer tudo estava em silêncio.