O soldador conhecido como "Maníaco do Corcel", acusado de cometer assassinatos violentos, estupros em série contra pelo menos 17 mulheres, e de enterrar uma delas viva, foi condenado a 337 anos e quatro meses de prisão em regime fechado, durante o julgamento que ocorreu nesta quinta-feira (13), em São José do Rio Preto (SP).
José Antônio Miranda da Silva, atualmente com 51 anos, foi preso no bairro Ouro Verde, onde morava com a família, no dia 19 de junho de 2020. Ele está preso na cadeia de Lucélia (SP) e participou do júri popular por meio de videoconferência. De acordo com o Ministério Público (MP), José Antônio foi denunciado por dois homicídios consumados, sete tentativas de homicídio, cinco roubos e sete estupros, sendo condenado pelo Tribunal do Júri por 21 crimes.
O soldador já possuía uma condenação no final da década de 90 pela prática de três crimes de estupro e três crimes de homicídio, tendo cumprido pena de 20 anos em regime fechado no período compreendido entre 1997 e 2017. Na época, ele utilizava um veículo Ford Corcel para atrair as vítimas e praticar os crimes, tendo ganhado o apelido de “Maníaco do Corcel”.
A partir de 2018, recém restituído a sociedade, atuando da mesma forma, ele ganhava a atenção e confiança das vítimas, oferecia carona com um carro Chevrolet Corsa a mulheres sozinhas e, depois, as levava para propriedades rurais, onde elas eram violentadas, estupradas e roubadas.
O homem já passou por júri popular em outubro de 2022 pelos delitos contra outras mulheres em Monte Aprazível (SP), onde também foi acusado de matar e estuprar as vítimas. Na ocasião, ele foi condenado a 35 anos de prisão por homicídio, estupro e ocultação de cadáver.
Pela legislação brasileira, qualquer pessoa pode permanecer presa pelo prazo máximo de 40 anos. José Antônio Miranda da Silva está preso em regime fechado desde 2020.