A Polícia Civil de Bauru (SP) investiga se uma discussão sobre o consumo de drogas foi o que motivou João Vitor Fontes Pompiano, de 22 anos, a assassinar a tia e o primo a tiros, na noite da última segunda-feira (28). Após reagir à abordagem policial, o autor dos disparos também foi morto.

De acordo com o delegado Glaucio Stocco, o marido e pai das vítimas e sobrevivente ao ataque, José Alves Leite, prestou depoimento à polícia na terça-feira (29) e afirmou que o jovem, sobrinho dele, era usuário de drogas.

Ainda no depoimento, José contou aos policiais que a esposa era irmã da mãe do jovem e que ela estaria repreendendo o sobrinho pelo uso de drogas. Em uma das oportunidades, a tia teria o advertido na frente da mãe de João, causando a ira dele contra ela.

Tragédia familiar

O crime aconteceu dentro da casa das vítimas, na região da Vila Nipônica, em Bauru. Elas foram identificadas como Marly Fontes Noé Leite, de 62 anos, e Diego Jefferson Noé Leite, de 34.

Segundo o Boletim de Ocorrência, Marly foi atingida por dois disparos feitos pelo sobrinho João Vitor Fontes Pompiano, sendo um no tórax e outro na nuca, enquanto Diego Jefferson foi alvejado com um tiro na boca pelo primo.

Segundo o Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (Baep), o jovem ainda tentou atirar contra o tio, mas a arma falhou e ele o feriu com coronhadas. A vítima conseguiu fugir do local e pedir ajuda aos vizinhos, que acionaram a polícia.

Com a chegada dos policiais, foi dada a ordem para que o rapaz soltasse a arma, porém, ele não obedeceu e a manteve apontada para a equipe. Os policiais, então, atiraram contra o homem, que morreu no local.

O tio do autor do crime ficou ferido e precisou ser hospitalizado no Pronto Socorro Central de Bauru. Ele teve alta e participou do velório e enterro da esposa e do filho, que foram sepultados na última terça-feira, no Cemitério do Jardim Redentor, em Bauru. O autor dos disparos foi sepultado no mesmo local, na manhã desta quarta-feira (30). 

O imóvel onde ocorreu o crime foi periciado pela Polícia Técnico-Científica. O caso segue em investigação pela Polícia Civil.