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Possíveis ataques a escolas são interceptados pela Polícia Civil de SP. Entenda o caso

Terça, 14 de Mar. de 2023
Fonte: Redação Mais Tupã com Informações SBT

A polícia de São Paulo abriu inquéritos para investigar a denúncia de que quatro adolescentes, sendo um deles uma adolescente de 14 anos de Tupã, que planejavam atos de violência nas próprias escolas nesta segunda-feira(13).

Segundo a polícia, os jovens pretendiam marcar os quatro anos do massacre em Suzano, na região metropolitana, que aconteceu no dia 13 de março de 2019. Cinco alunos, uma professora e uma funcionária foram assassinados. O atirador, um menor de 17 anos, matou o comparsa, e se matou em seguida.

Fotos foram tiradas pela polícia na casa dos quatro adolescentes que moram no interior de São Paulo. Uma menina de 14 anos, em Tupã, um menino de 13, em Caçapava e dois de 17 anos, em São José dos Campos. Facas, botas, máscaras e celulares foram apreendidos.

Em uma troca de mensagens, um dos adolescentes fala em "massacre", diz que vai "matar uma pessoa ou um animal e gravar". Em seguida, escreve que será um "gato", que "vai cortar e degolar o bicho". 

O jovem cumpriu o que prometeu. Para a polícia, uma maneira de mostrar que seria capaz de colocar em prática o plano de invadir e atacar a escola onde estuda.

"Primeiro eles alegam que sofreram bullying na escola e bullying dos amigos. Isso teria incitado neles essa vontade", diz o delegado Carlos Afonso.

A reportagem teve acesso ao depoimento de um dos jovens. Ele contou aos policiais que pensava em se vingar dos alunos e que a faca que estava na mochila dele seria usada para matar os outros colegas e depois para se matar.

A polícia de São Paulo foi avisada sobre as mensagens suspeitas pelo serviço secreto americano, que monitora as redes sociais. Os quatro adolescentes foram ouvidos e confessaram aos investigadores que planejavam invadir três escolas no estado.

Os quatro adolescentes, que já voltaram para casa. O delegado vai pedir que eles sejam assistidos por psicólogos, psiquiatras, e também "condenados a não ter mais redes sociais, não acessar mais redes de relacionamento sem supervisão". 

Em nota a Delegacia de Investigações Gerais de Tupã, esclarece que:

A DIG de TUPÃ, por intermédio de sua Delegada de Polícia Titular Milena Davoli Nabas de Melo, esclarece que na sexta feira dia 10/03, foi contatada pelo Dlegado de Polícia Dr. Carlos Afonso Gonçalves da Silva, da divisão de crimes cibernéticos do Deic de São Paulo, solicitando apoio da DIG para a realização de uma diligência a ser cumprida em TUPÃ. O Delegado informou que a agência americana de inteligência HSI (Homeland Security Investigation) havia detectado conversas travadas através de redes sociais nas quais os usuários da rede social Instagram planejavam ataques armados a escolas, em comemoração ao massacre ocorrido na cidade de Suzano, fato que ocorreu em 13/03/2019. Em razão da urgência da medida, a equipe da DIG, de posse de Mandado de Busca Domiciliar expedido pela Vara da Infância de Tupã, procedeu a buscas na casa de uma adolescente, onde apreendeu celulares. A menor foi ouvida na companhia da mãe e alegou ser vítima de bullying na escola em que estuda, mas que teria demovido a ideia do ataque. A família foi devidamente orientada, assim como a adolescente. O procedimento criminal tramita pela delegacia do Deic. Importante frisar que a atuação preventiva foi eficaz e que outras medidas estão sendo adotadas pela delegacia de origem. Informações especulativas acerca dos fatos não serão divulgadas a fim de que não se cause mais prejuízo à adolescente e sua família. 

ORIENTAÇÃO - A Delegada sugere que os pais tenham acordado com os filhos que a condição para que façam uso livre da internet e redes sociais seja o compartilhamento das senhas de acesso para que os pais possam monitorar as atividades dos filhos. A liberdade do mundo digital muitas vezes fica oculta da família, que pode ser pega de surpresa. Outra orientação é a de que, ao menor sinal de violência, tal qual o Bullying, a família se posicione e exija das instituições responsáveis (escola, conselho tutelar, polícia, ministério público) uma stuaçao efetiva de combate, pois os danos psicológicos podem ser imensuráveis.

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