A Polícia Civil de São Paulo prendeu no sábado (4) José Rainha e Luciano de Lima, na cidade de Mirante do Paranapanema, sob suspeita de tentarem extorquir fazendeiros. Ambos são líderes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), organização social e política que defende a reforma agrária. Eles passaram por audiência de custódia neste domingo (5) e tiveram as prisões preventivas mantidas e foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá.
As prisões são resultados de operações realizadas pela Polícia Civil de São Paulo, no município de Mirante do Paranapanema. A polícia cumpria mandados de prisões preventivas autorizados pela Justiça. Rainha e Luciano, são acusados de extorquir seis vítimas, exigindo vantagens financeiras.
A FNL dá uma versão contrária à da polícia. “Essa prisão de cunho político tem nítida relação com a jornada de ocupações do carnaval vermelho, sendo um ato de retaliação aos lutadores do povo sem terra”, aponta.
O que é desmentido pela Polícia, “as prisões preventivas têm como objetivo a interrupção do ciclo delitivo e promoção de prevenção geral e paz no campo. É importante ressaltar que em nada se confundem com os atos decorrentes do Carnaval de 2023, quando um grupo invadiu nove propriedades rurais”, destaca a Polícia Civil sobre as ações.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, usou suas redes sociais para comentar as prisões no sábado (4). Ele parabenizou a ação e as corporações por “garantirem segurança do estado”.