Mesmo com os constantes alertas, ainda é comum ver fumaça subindo de quintais e terrenos baldios em Tupã. Muitas pessoas insistem em usar o fogo como forma de “limpar” o terreno, sem perceber que essa prática, além de ilegal, causa sérios prejuízos à saúde e pode gerar grandes incêndios.

O Corpo de Bombeiros de Tupã e a Defesa Civil Municipal reforçam que é proibido atear fogo em lixo, folhas secas ou restos de poda. A Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) prevê multas e até prisão para quem provocar queimadas, especialmente em áreas urbanas. Além da questão legal, o risco de o fogo se espalhar é grande — principalmente neste período de tempo seco e baixa umidade relativa do ar.

Um pequeno foco pode rapidamente sair do controle e atingir cercas, veículos ou até residências vizinhas. Somente nas últimas semanas, o Corpo de Bombeiros tem sido acionado diversas vezes para combater queimadas em lotes e margens de ruas, situações que poderiam ser evitadas com mais consciência da população.

O problema vai além do risco de incêndio. A fumaça liberada pelas queimadas contém partículas tóxicas que prejudicam a respiração e agravam doenças como asma, bronquite e rinite. Crianças, idosos e pessoas com problemas cardíacos são as mais afetadas. O Sistema de Saúde de Tupã tem registrado aumento de atendimentos por dificuldade respiratória justamente nos períodos em que o número de queimadas cresce.

A limpeza correta dos terrenos deve ser feita de maneira responsável, com capina, rastelagem e destinação adequada do material orgânico, sem o uso do fogo. A Prefeitura de Tupã também orienta que há um aterro sanitário exclusivo para galhos e folhas no Bairro Quixote, a disposição da população.